CONVERGENCE: A League of Legends Story – Análise

O Universo do League Of Legends tem-se expandido consideravelmente nos últimos tempos no mundo dos videojogos e CONVERGENCE: A League of Legends Story é mais um título do “franchise” que desta vez explora o sempre popular formato de plataformas 2D. Com o selo de qualidade de “League Of Legends” será que este jogo é capaz de convencer?

No jogo nós vestimos a pele de Ekko, um jovem que inventou um aparelho que lhe permite recuar no tempo. Ele e os seus amigos têm de trabalhar em conjunto para manterem a cidade de Zaun segura. No entanto há muitos perigos à espreita e até segredos que poderão fazer com que Ekko não confie em ninguém, incluindo ele próprio.

A história é mais robusta do que estamos habituados a ver no tradicional jogo de plataformas 2D mas isso não é surpresa tendo em que se trata de um videojogo integrado num “franchise” com um Universo já estabelecido e cheio de conteúdo.

Apesar disso não é uma daquelas histórias que se impõem de tal maneira que se atravessam no meio das experiências. Pelo contrário e apesar da história ser muito boa, a mesma atenção foi dada a todos os outros departamentos.

O grafismo

O grafismo 2D resume-se à qualidade do trabalho artístico e naturalmente à qualidade das animações. Hoje em dia os recursos à disposição das equipas de desenvolvimento são consideráveis e existem espalhados por este mundo fora artistas capazes de criarem trabalhos notáveis.

O mercado independente de videojogos tem produzido ao longo dos anos arte 2D de grande qualidade e é razoável esperar que um jogo deste “franchise” não desiluda neste departamento. E de facto é isso que acontece, CONVERGENCE é um excelente trabalho no departamento visual.

A qualidade da arte é muito boa, os cenários são coloridos, vibrantes e estão cheios de detalhes bem como as personagens. Os efeitos de luz e as animações também são boas e tudo neste departamento encaixou com as minhas expectativas.

Talvez o olhar mais crítico possa considerar que foram “tomados poucos riscos artísticos” porque visualmente CONVERGENCE não está acima das grandes referências do género no mercado. Na melhor das hipóteses está equiparado, sendo certo que existem outros jogos que artisticamente arriscam muito mais os limites 2D.

No entanto e na minha opinião pessoal, acho que todo o trabalho no departamento gráfico é francamente bom. Não podemos também esquecer que estamos a falar de uma personagem já estabelecida no Universo do “League Of Legends” e por isso não existe propriamente o mesmo tipo de margem criativa como acontece, por exemplo, quando se está a criar uma personagem de raiz ou um mundo de raiz.

De qualquer forma o jogo é um autêntico regalo para os olhos e o selo de qualidade do Universo “League Of Legends” só o beneficia.

A jogabilidade

A jogabilidade é inevitavelmente o elemento mais importante para um jogo de plataformas 2D. Saltos requerem habilidade mas também controles precisos principalmente quando são misturadas habilidades especiais pelo meio.

A minha expetativa era que a jogabilidade de CONVERGENCE fosse sólida e de facto o jogo não me desiludiu. Aliás talvez me tenha surpreendido porque de certa forma eu não estava à espera de uma jogabilidade tão dinâmica e divertida.

Para além dos habituais saltos, Ekko vai acumulando habilidades de combate e também habilidades de movimento. No início do jogo começamos algo limitados, mas assim que desbloqueamos as primeiras habilidades os combates tornam-se mais interessantes e a movimentação também.

O jogo mistura momentos mais frenéticos com momentos de acalmia. A velocidade normal de Ekko não é grande, mas habilidades como o “teleport” ou a possibilidade de deslizar por pequenos carris ou até nas paredes, aumenta essa mesma velocidade. Mesmo assim confesso que gosto de um pouco mais de velocidade nas minhas plataformas 2D.

Os combates começam relativamente simples mas não demoram muito até ficarem mais intensos. Cada inimigo possui os seus padrões de ataque e embora sozinhos não sejam um grande desafio, em conjunto eu fui obrigado a utilizar todas as minhas habilidades para ultrapassar determinadas zonas.

As lutas com os “bosses” são divertidas e existe sempre um caminho mais fácil com habilidades que geralmente consegui encontrar após alguns falhanços. O que foi sempre uma constante foi o “factor divertimento” e a possibilidade de recuarmos no tempo e corrigirmos erros talvez tenha sido o que mais contribuiu para isso.

A habilidade mais útil é precisamente a de podermos recuar no tempo ao carregarmos num botão. Embora tenha limitações e não a possamos usar indefinidamente, consegui evitar muitas mortes com ela, especialmente aquelas originadas pelo clássicos maus saltos ou algum obstáculo que simplesmente me passou despercebido.

É no entanto na mistura de habilidades que este jogo brilha. Quando defrontamos vários inimigos e recuamos o tempo, ou abrandamos o tempo numa determinada área enquanto simultaneamente deflectimos e evitamos os seus ataques até à vitória, o jogo torna-se uma experiência altamente recompensadora.

A jogabilidade está ao nível dos grandes jogos de plataformas 2D no mercado e embora não seja revolucionária é de uma qualidade acima da média. Confesso que não esperava menos, mas é sempre positivo quando um videojogo corresponde às expectativas.

Banda sonora, efeitos sonoros e “voice acting”

Estamos a falar de um jogo do Universo “League Of Legends” e por isso mesmo seria difícil que a banda sonora ou os efeitos sonoros não fossem tão sólidos como os outros departamentos. É sem surpresas que ambos estão bem integrados no jogo e contribuem positivamente para a experiência.

Como já mencionei em cima, a história de CONVERGENCE é um pouco mais robusta do que o tradicional jogo de plataformas 2D e daí a incorporação do “voice acting”. E sem dúvida que o desenrolar da história com “voice acting” ajuda à imersão e é impossível não criarmos uma ligação com Ekko, a sua história, a cidade e as inúmeras personagens que vão surgindo pelo caminho.

A qualidade do “voice acting” é muito boa e se é verdade que para um jogo de plataformas 2D o “voice acting” até nem costuma ser assim tão importante, neste caso e porque se trata da expansão da história de uma personagem do “League Of Legends”, é natural que ele não só esteja presente como seja fundamental.

Uma experiência polida, divertida e imersiva

Os jogos do Universo “League Of Legends” têm sido uma surpresa agradável nos últimos tempos e CONVERGENCE é mais uma adição de qualidade ao “franchise”. Estes jogos são interessantes sobretudo porque oferecem aos jogadores a possibilidade de desfrutarem de algumas das histórias do LOL (League Of Legends) sem que para isso seja necessário jogarem o jogo original.

CONVERGENCE é uma história divertida de uma personagem carismática, mas é muito mais do que isso, é igualmente um jogo de plataformas 2D cheio de solidez e que é capaz de proporcionar uma experiência polida em todos os departamentos.

Ele é ideal para fãs do LOL que apreciam jogos de plataformas 2D, mas é também fantástico para quem não conhece nada do “franchise” e só está à procura de um bom videojogo dentro do género.

A sua qualidade geral acima da média era expectável mas não deixa de ser uma boa notícia, no entanto é importante realçar que no género de plataformas 2D há muito por onde escolher e existem escolhas superiores a CONVERGENCE, algumas delas já com anos de existência e de preço mais baixo.

De qualquer maneira essa realidade não retira mérito nenhum a este videojogo que merece garantidamente um olhar mais atento para quem procura por uma nova aventura dentro do género.

7.3 NOTA FINAL
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Apresentação 8
Grafismo 7
Jogabilidade 7
Banda Sonora 7
Positivos
  • arte
  • jogabilidade
Negativos
  • nada de novo
Resumo

CONVERGENCE: A League of Legends Story é uma experiência de plataformas 2D cheia de solidez que se faz valer pela robustez da sua história que explora o Universo fantástico do popular "franchise".

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Última atualização: Junho 1, 2023 às 11:11
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