Num mundo cada vez mais dominado pelos jogos “sempre online” e no qual muitos ousaram anunciar a “morte” dos títulos de um jogador, eis que Cyberpunk 2077 nos revela que não só os jogos singleplayer continuam a ser extremamente relevantes como é possível ser-se bem sucedido sem recorrer a sistemas de DRM para combater a pirataria.
Quando os jogos online começaram a ganhar força, muitos anunciaram que as grandes aventuras “singleplayer” tinham os seus dias contados. A realidade é que isso nunca aconteceu e pelo contrário, são quase sempre os jogos “singleplayer” a conquistarem os prémios mais cobiçados na indústria.
Não há nada como uma experiência massiva para um jogador e pelo menos no que diz respeito a jogos de mundo aberto, poucos conseguem rivalizar com a liberdade que eles proporcionam. Cyberpunk 2077 é um desses jogos, uma experiência de larga escala que transporta o jogador para um mundo futurista e que de acordo com as informações mais recentes da CD Projekt Red, já recuperou o investimento realizado no desenvolvimento e em “marketing”.
Cyberpunk 2077 foi ainda o maior lançamento de sempre na Steam, deve ser com toda a certeza o maior lançamento da GOG.com e nem os seus problemas de “perfomance” o impediram de ser bem sucedido. Os jogadores não só gostaram do que viram como apoiam incondicionalmente a CD Projekt Red cujos números impressionantes se estendem ao peculiar mundo da pirataria.
Fiel aos seus princípios, a CD Projekt Red lançou o Cyberpunk 2077 sem DRM o que essencialmente significa que se trata de um jogo que não possui qualquer protecção contra a pirataria. Como consequência na data do lançamento o jogo não só ficou disponível para quem o adquiriu de forma legítima como também para quem só o pretendia adquirir de forma ilegítima.
Como consequência Cyberpunk 2077 é simultaneamente um dos jogos mais vendidos e descarregados ilegalmente do momento. Nada que preocupe a CD Projekt Red, pelo contrário este seu novo jogo caminha a passos largos para ser o seu jogo mais bem sucedido de todos os tempos, um feito que não é propriamente fácil se tivermos em conta que estes senhores criaram a super-popular série “The Witcher“.
Estratégia ou não, a realidade é que o acesso ilegal ao jogo está a traduzir-se também em vendas legítimas com muitos jogadores a acabarem por comprar o jogo de forma a receberem os “updates” mais recentes com maior rapidez, o que não deixa de ser curioso.
https://youtu.be/UnA7tepsc7s
Última atualização: Dezembro 14, 2020 às 10:41
Paulo Figueiredo
O Figueiras é um elemento fundamental da Gaming Portugal e a figura mais respeitada da equipa. A sua vida atarefada impede-o de acumular uma posição de maior destaque. A sua participação na Gaming Portugal é motivada principalmente pelo gosto por gaming e dá-lhe um prazer especial saber que nesta casa a “independência” é uma característica definidora.