KAKU: Ancient Seal – Análise

KAKU: Ancient Seal é um jogo de aventura e ação de mundo aberto que combina exploração, resolução de puzzles e combate dinâmico.

Depois de uma jornada bem sucedida KAKU: Ancient Seal foi lançado oficialmente, mas será que o ambicioso jogo tem o que é preciso para se destacar num género dominado por colossos?

A história

No jogo nós vestimos a pele de Kaku, um pequeno rapaz que tem pela frente a missão de restaurar o equilíbrio na sua terra.

Durante a sua aventura ele conta com a ajuda do Piggy, um poderoso companheiro que traz consigo habilidades únicas e que serão muito úteis durante a aventura.

A história está relativamente bem apresentada. Existem muitos diálogos e algumas personagens que vamos conhecendo pelo caminho, mas não há propriamente “voice acting”.

O que existe é uma linguagem própria das personagens num dialético único à base de murmúrios. Os diálogos, embora por vezes extensos, são sempre simplistas e pouco desenvolvidos.

Apesar da existência da narrativa, ela é fraca e pouco memorável. Tendo em conta que toda a experiência é fortemente inspirada no Immortals Fenyx Rising, eu acho que o jogo merecia algo melhor neste departamento.

A inspiração no Immortals Fenyx Rising

Sim, KAKU: Ancient Seal é fortemente inspirado no Immortals Fenyx Rising. E quando eu utilizo a palavra “fortemente” não a utilizo de ânimo leve.

É óbvio que toda a experiência de jogo faz-se valer de muitas das ideias e conceitos explorados em Immortals Fenyx Rising. Nada de novo na indústria, mas neste caso particular até a forma como se abre os baús é semelhante.

Isto obviamente significa que para todos os que jogaram Immortals Fenyx Rising, há aqui um forte elemento de familiariadade.

Se por um lado isso pode ser uma boa notícia para quem completou o Immortals Fenyx Rising, pelo outro também pode ficar a sensação que estão a jogar uma espécie de versão de segunda categoria do jogo.

E no fundo, para o bem ou para o mal, KAKU: Ancient Seal é mais ou menos isto. Sem a exuberância da sua fonte de inspiração ou o grande orçamento, ele é um titulo que oferece o mesmo tipo de experiência de jogo.

O grafismo e a arte

O departamento visual é um dos mais impressionantes neste aventura. KAKU: Ancient Seal teve bastante tempo em acesso antecipado e a sua versão final é uma evolução notável quando comparada com as primeiras versões.

As personagens e os cenários estão bem desenhados e a arte tem uma qualidade acima da média. Mais uma vez, é um estilo artístico que partilha muitas semelhanças com a fonte de inspiração (Immortals Fenyx Rising) embora não seja, digamos, tão refinado.

Na minha opinião é um trabalho notável especialmente tendo em conta que se trata de um jogo de mundo aberto e cujo orçamento não deve nem sequer andar lá perto daquele obtido pela sua grande fonte de inspiração.

Eu diria mesmo que a qualidade gráfica é um dos aspetos mais fortes de toda a experiência e há momentos em que ele consegue até ser um autêntico regalo para os olhos.

A jogabilidade

KAKU: Ancient Seal é uma aventura de plataformas 3D que naturalmente se joga na perspectiva da terceira pessoa. A sua jogabilidade envolve muita exploração, combates e resolução de puzzles.

Mais uma vez o jogo faz questão de seguir muitas das ideias de “Immortals Fenyx Rising”. O sistema de combate é costumizável e com o tempo podemos desbloquear habilidades e combos e ir tornando Kaku mais poderoso.

Os combates podem ser divertidos embora às vezes sejam algo atabalhoados. Mas a variedade que ele proporciona e a forma como podemos ir evoluindo ao longo do tempo e sobretudo, costumizar o combate à nossa medida, acaba por compensar isso.

Os combates com bosses são os mais interessantes e alguns deles são muito divertidos. Lá está, não estamos a falar de algo ao nível de um “Immortals Fenyx Rising” (que não está livre de problemas nesta área), mas KAKU: Ancient Seal até consegue cumprir neste departamento.

Logo desde cedo temos também acesso a uma transformação divina, na qual o Kaku se transforma numa espécie de “super guerreiro” poderoso e consegue realizar ataques devastadores. É uma transformação útil principalmente quando se está em apuros.

Também há bastante resolução de puzzles através de templos que oferecem desafios de plataformas e combates. Mais uma vez, não é nada que não tenhamos visto no passado em outros jogos, mas oferece variedade à experiência e no geral são puzzles bem elaborados.

Durante praticamente toda a aventura, Kaku é acompanhado pelo seu companheiro voador chamado Piggy. Não se trata apenas de uma personagem secundária, pelo contrário o Piggy oferece mecânicas de jogabilidade importantes.

Numa mecânica de jogo estilo Banjo-Kazooie, o Piggy pode ajudar Kaku a cobrir grandes distâncias com um salto gigante; andar na água; teleportar o Kaku e ser usado como, imagine-se, um disfarce.

A presença de Piggy oferece ainda mais variedade à jogabilidade e também algum humor à história. No geral embora não haja nada que seja acima da média ou revolucionário nesta mecânica de jogo, ela é sólida e acrescenta qualidade à experiência

Banda sonora e efeitos sonoros

Logo à partida a inexistência de “voice acting” retira imersão a toda a experiência e embora a história até tenha muitos diálogos e personagens interessantes, isso poderia ter sido potenciado com vozes reais.

A banda sonora e os efeitos sonoros felizmente cumprem bem o seu papel. Elas enquadram-se bem no estilo mais leve da experiência de jogo e no humor que por vezes a rodeia.

Não é nada que eu já não estivesse à espera e felizmente hoje em dia, mesmo com orçamentos mais reduzidos, já é possível proporcionar experiências competentes neste departamento.

À banda sonora e os efeitos sonoros deve ser reconhecido o mérito de complementarem bem a experiência e nunca imporem demasiado a sua presença.

Pelo contrário, em particular os efeitos sonoros contribuem bastante para a imersão e estão bem conseguidos.

A Longevidade

A história principal de KAKU: Ancient Seal tem a duração standard para o género, cerca de 8 horas ou mais dependendo do jogador obviamente.

Mas sendo uma experiência de mundo aberto é importante explorar porque isso vai garantir que a nossa personagem está devidamente preparada para os desafios mais exigentes.

Num perfil mais de explorador, a longevidade pode ser estendida mas não estejas à espera de uma longevidade ao nível de um Immortals Fenyx Rising nem nada que se pareça

Uma aventura divertida

KAKU: Ancient Seal é acima de tudo uma aventura divertida. É visualmente deslumbrante, a sua jogabilidade é relativamente sólida e ele posiciona-se no mercado como uma escolha interessante para quem procura jogos de mundo aberto e aventura.

Dito isto, ele está longe de ser tão bom como a sua principal fonte de inspiração e, no que a jogos de mundo aberto diz respeito, existem aventuras bem melhores atualmente disponíveis no PC.

7.5 NOTA FINAL
3.5 de 5

com 2 votos de leitores

História 7
Grafismo 9
Jogabilidade 7
Longevidade 7
Positivos
  • Grafismo
  • Costumização
  • Variedade
Negativos
  • voice acting
  • jogabilidade
Resumo

KAKU: Ancient Seal não esconde a sua inspiração e consegue oferecer uma experiência cheia de solidez e com momentos divertidos.

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3.5 (2)

Última atualização: Julho 15, 2024 às 11:17
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