Nikoderiko: The Magical World é um “Jump ‘n’ Run” inspirado nos clássicos dos anos 90.
Nikoderiko foi um jogo que nos deixou com um sorriso nos lábios e excelentes impressões quando jogámos pela primeira vez uma demo de imprensa.
Desde esse momento ficámos convencidos que ele tinha potencial para ser uma experiência “polvilhada” de brilhantismo e capaz de proporcionar aquilo que nós jogadores gostamos mais: muito entretenimento.
Ele relembra clássicos como o “Donkey Kong” ou o “Crash Bandicoot” e outras experiências de uma era em que os videojogos eram “descomplicados”, divertidos e viciantes.
Depois de um arranque bem sucedido nas consolas (PlayStation 5 e Xbox S|X Series), ele chegou ao PC e foi com enorme entusiasmo que nós “mergulhámos” na experiência de jogo.
Será que Nikoderiko: The Magical World consegue captar a essência dos grandes clássicos e adaptá-la aos tempos modernos com sucesso?
Vais ter de ler a análise para obteres a tua resposta…
A história
O jogo conta-nos a história de Niko e Luna, dois caça-tesouros que adoram a aventura e a exploração de locais desconhecidos.
Quando a dupla descobre uma relíquia antiga numa ilha mágica, o vilão Grimbald da Cobring Gems Company rouba-a das duas mãos.
Agora para salvarem a ilha e as suas tribos, eles terão de navegar por sete mundos únicos com a ajuda dos seus amigos animais e derrotar o exército Cobring.
A história é, ao estilo dos clássicos dos anos 90, muito simples, infantil e nostálgica, com um vídeo de apresentação divertido e que nos apresenta os dois protagonistas, o grande vilão e o seu grupo de seguidores.
Ao longo do jogo vamos conhecendo algumas personagens e no geral é o tipo de história que esperávamos para uma aventura desta natureza.
Nada de muito elaborado, em momentos quase genérico, mas que serve o seu propósito e sempre dá alguma identidade ao jogo.
O grafismo e arte
No departamento visual Nikoderiko é um trabalho sólido e todas as áreas. As personagens estão bem desenhadas, os níveis são detalhados e as animações também são boas.
Nikoderiko é um bom trabalho artístico desenhado naquele estilo abonecado característico do género.
Não temos dúvidas que os mais novos vão adorar este visual e também não temos dúvidas que os fãs de grandes clássicos como o “Donkey Kong” ou o “Crash Bandicoot” vão apreciar o esforço.
É no entanto um tipo de visual que já vimos a ser replicado vezes sem conta no passado e até em outros jogos modernos mais recentes.
Isso não é necessariamente uma má notícia até porque no fundo, era esse o objetivo. Mas acaba por torná-lo visualmente genérico e pouco original.
Dito isto e para aquilo a que o jogo se propõe fazer, que é trazer de volta um pouco da magia dos “jump ‘n’ run”, é um bom trabalho gráfico e artístico.
A jogabilidade
Às vezes sabe bem quando um jogo vai direto ao assunto, foca-se na qualidade da experiência de jogo e não tenta ser algo que não tem capacidade para ser.
Nikoderiko também não traz nada de novo na jogabilidade, mas nós não vemos isso como um defeito e sim como uma qualidade.
Ser revolucionário num género já completamente estabelecido e do qual os jogadores esperam um tipo de jogabilidade muito específica é sempre um risco.
Os fãs de jogos “jump ‘n’ run” sabem o que querem, e o que eles querem é uma jogabilidade precisa, um ritmo de jogabilidade que não seja quebrado desnecessariamente e algum desafio pelo meio.
Nikoderiko oferece exatamente o mesmo que os grandes jogos do género oferecem. Isto significa que podes “saltar” de um “Crash Bandicoot” para este jogo e terás, mais ou menos, o mesmo tipo de experiência.
Nós por cá somos apologistas de que “reinventar a roda” só é boa ideia quando a alternativa é de facto melhor do que o original. Apontar para menos do que isso é estar a prejudicar uma experiência desnecessariamente.
Por outras palavras, preferimos um Nikoderiko que não adiciona nada de novo ao género mas proporciona uma boa jogabilidade, do que um jogo com ambição desmedida e cheio de novidades mas com uma jogabilidade desapontante.
Jogar Nikoderiko é uma experiência muito boa, ele traz consigo a nostalgia, o desafio e a leveza dos grandes jogos de plataformas. Nesta medida ele está em perfeita harmonia com as nossas expectativas porque este é o jogo que nós esperávamos que ele fosse.
Em nenhum momento ficámos desiludidos com a jogabilidade, pelo contrário saltar; atacar; desviar ou cavalgar diferentes animais foi sempre uma experiência divertida com controlos precisos que são fáceis de jogar, mas um pouco mais desafiantes quando o objetivo é dominá-los por completo e encontrar todos os colecionáveis.
Para além disso o modo de cooperação acrescenta-lhe muito valor e faz dele a experiência ideal para jogar com um parceiro(a) que goste deste género de jogo.
Nikoderiko pode não trazer nada de novo também na jogabilidade, mas traz consigo o mais importante: muita diversão.
O som
No departamento de som o grande destaque vai para a banda sonora da autoria do veterano David Wise (Donkey Kong Country e Yooka Laylee) que reflete a natureza divertida do jogo e tem uma qualidade acima da média.
Os efeitos sonoros também estão na linha do que eram as nossas expectativas e no geral o departamento de som também acrescenta valor à experiência geral.
As últimas palavras
Nikoderiko: The Magical World não existe para revolucionar o género mas sim para ser uma homenagem a um género de jogo que continua tão relevante como sempre esteve.
Na nossa opinião o objetivo foi cumprido, Nikoderiko é nostálgico, divertido e uma experiência sólida em todos os departamentos.
Pode não trazer nada de novo, mas a realidade é que também não há nada que ele faça mal.
Aliás ele é mesmo uma das melhores aventuras de plataformas de 2024 e dá uma excelente prenda de Natal.
Se gostas de plataformas então este jogo vai seguramente merecer a tua atenção.
Outras fontes para o vídeo: Rumble
Última atualização: Dezembro 6, 2024 às 08:15