[dropcap]J[/dropcap]á imaginaste um género de Grand Theft Auto onde seria possível fazer literalmente tudo o que quisesses? Eu sei que é uma tarefa difícil mas Saints Row: The Third é um pouco isso, um jogo de mundo aberto com óbvias semelhanças com o “blockbuster” da Rockstar só que é ridículo, muito mais ridículo, mas num bom sentido.
A Volition está de volta para lançar o terceiro jogo da saga Saints Row e desta vez o objetivo foi elevar a fasquia em todos os aspetos e oferecer aos gamers o máximo de divertimento possível num videojogo. The Third é sem dúvida o jogo mais estupidamente exagerado de 2011 e estará provavelmente no top 5 dos jogos mais loucos de todos os tempos.
A boa notícia é que não existem más notícias, ou seja, o facto de o jogo ser absurdo não joga necessariamente contra ele, muito pelo contrário pode jogar a seu favor e ajudá-lo a destacar-se num mercado onde o que não faltam são jogos de ação.
Em Saints Row: The Third vamos jogar com os líderes das mais perigosas organizações criminosas do mundo e desde o início o nosso poder será quase ilimitado:
“Saints Row: The Third põe-no no topo do mundo, logo no início do jogo, com todas as vantagens que acompanham o cargo de cabecilha de uma organização criminosa de elite”
Estas foram as palavras de Danny Bilson, o Vice-presidente Executivo da THQ, Core Games e revela uma abordagem no mínimo diferente e ambiciosa, em vez de vestirmos a pele de um mero aprendiz que precisa de provar o seu valor para chegar ao topo da organização, The Third coloca-nos diretamente no topo. No que diz respeito à história e desenvolvimento das personagens esta escolha permitiu à Volition seguir por caminhos que de outra forma não seriam explorados.
“Não há distribuição de pizas, nem transporte de familiares numa longa série de missões de táxi”
Esta recusa consciente às missões aborrecidas que tantas vezes nós encontramos nos videojogos pode contudo ser prejudicial. O que é aborrecido e o que é divertido? A distinção pode parecer simples se pensarmos em nós próprios, porém quando estamos a criar um videojogo que vai ser jogado por milhares ou milhões de gamers torna-se mais difícil tomar uma decisão. Existem jogadores que apreciam jogos de estratégia massivos e para eles isso é diversão, enquanto outros não os podem ver à frente.
Isto faz tudo sentido, todavia a realidade é que a Volition tem do seu lado o sucesso do formato, esta mistura entre GTA e tudo aquilo que nós fazíamos em GTA quando estávamos aborrecidos é inteligente. Quem é que nunca decidiu às vezes apenas espalhar a destruição no gigante da Rockstar por puro divertimento?
Fonte do vídeo: IGN
E porque não? Há razões para não criar um jogo que se foca apenas no mais puro dos divertimentos? No fundo é isso que nós procuramos sempre que ligamos o PC, a PS3 ou Xbox 360. São aqueles minutos de disparates deliciosos que nos levam a jogar e jogar até que as mãos nos doam. Quando Just Cause 2 chegou ás lojas poucos conseguiriam prever que ele seria tão bem recebido pelos gamers, contudo verificou-se que de vez em quando o exagero é bem vindo e recomenda-se. Quem sabe, talvez o mesmo aconteça com “The Third”.
Saints Row: The Third está longe de ser um jogo revolucionário, mas tenta misturar elementos dos quais todos gostamos num só videojogo. Só o tempo dirá se a intuição da Volition estava certa ou errada, mas uma coisa é certa, ele tem potencial e partir de amanhã vamos descobrir se vale realmente a pena ou não.
Bons Jogos!
Última atualização: Novembro 13, 2011 às 17:37