É um clássico dos tempos modernos, uma homenagem aos grandes jogos do final dos anos 80 principio dos 90, um videojogo; uma experiência frenética, divertida e recheada de violência. Por momentos faz-me recordar o “Scarface” – o filme e não o jogo – graças ao seu enorme estilo e estrondosa banda sonora. Com Hotline Miami a minha vida ficou ainda melhor e apesar das suas origens humildes, temos jogo meus amigos, temos jogo!
Estamos cansados de afirmar que o mercado dos videojogos independentes está em alta, os seus criadores sabem melhor do que ninguém como dar uso à enorme liberdade que possuem, estão dispostos a correr riscos e no final nós temos a oportunidade de assistir ao lançamento de videojogos que de outra forma seriam recusados pela grande maioria das editoras.

Hotline Miami é um desses jogos, um título improvável e ousado que nasce no meio de uma geração dominada pelo espetacular grafismo 3D. Nunca julgues um jogo pela sua aparência, ou melhor, nunca julgues um jogo apenas pela sua aparência porque ela não é tudo.
A missão de um videojogo é simples, a de proporcionar momentos de divertimento a quem o joga. A mim pessoalmente não me interessa como uma companhia o atinge, seja através de violência, uma história fenomenal ou uma experiência de multijogador polida, o que importa é que eles cumpram o seu objetivo.
Hotline Miami é acima de tudo um jogo terrivelmente divertido, que ganha pontos pela sua simplicidade e por se ter inspirado em clássicos de uma geração que já pode ser apelidada de distante. No jogo nós controlamos uma personagem sanguinária durante o final dos anos 80 numa Miami alternativa e cheia de violência.

O protagonista é um anti-herói e só é “anti” porque, bom, porque ele aniquila tudo e todos os que lhe aparecem pela frente. Num formato 2D, com um grafismo rico em cores prepara-te para alguns momentos de violência épicos, irás usar facas; tacos de basebol; caçadeiras, metralhadoras e ao todo são 35 as armas que temos à nossa disposição.
A jogabilidade é um dos pontos fortes, nós usamos os sistema clássico “teclado + rato” o que nos permite ter enorme precisão para atingir inimigos. O jogo decorre a um ritmo intenso e destruir inimigos dá um prazer enorme independentemente da arma que utilizamos para o fazer. Aliás existem momentos em que podemos agarrá-los e acabar o trabalho com as nossas próprias mãos. Há muito sangue e violência gratuita à mistura que apesar de ser divertido, não é recomendado para menores de idade.

Hotline Miami será uma experiência duplamente deliciosa para quem foi gamer durante o final dos anos 80 / principio dos 90 porque o fará recuar de imediato à sua infância. Os mais novos adeptos do “retro gaming” também têm razões para festejarem porque este jogo tem tudo o que podem desejar e a sua jogabilidade “hardcore” é garantia de que será um desafio à altura a cada novo nível.
Vamos morrer muito neste jogo, primeiro quando nos estamos a adaptar à jogabilidade, depois porque vamos cometer vários erros derivados de precipitação e finalmente porque vamos querer experimentar diferentes abordagens. Mas até as nossas mortes são divertidas e mais rapidamente nós acabamos a sorrir do que a “espumar” de irritação.

Eu já escrevi sobre a banda sonora? Pois bem, Hotline Miami conta com uma banda sonora de enorme qualidade da autoria de Jasper Byrne e que neste momento até se encontra à venda. É uma viagem pelos sons e ritmos eletrónicos do passado que talvez só os “old school gamers” saibam apreciar devidamente. É também a banda sonora perfeita para quem está a rebentar cabeças ou partir pernas no meio de Miami e eleva a qualidade da experiência para o patamar do épico!
Amigos gamers, Hotline Miami é simplesmente tão fixe, mas tão fixe que não existem sequer razões para vocês não visitarem agora o Steam e fazerem a vossa compra! A sério, o quê que ainda estão a fazer por aqui? Comprem-no e descubram porquê que estes serão os 8,49€ mais bem gastos da vossa vida.
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Última atualização: Outubro 26, 2012 às 19:16
2 Comentários
Lucas Braz Gervásio
30 de Outubro de 2012Muito boa a análise. Concerteza irei comprar esse game.
PS: sou brasileiro, mas dá pra entender bem o PT-PT.
Diogo Mota
30 de Outubro de 2012Olá Lucas, esta ainda não é a nossa análise oficial com as notas, é um artigo de primeira impressões que analisa o potencial baseado numa experiência com algumas horas de jogo. A nossa análise será publicada dentro de alguns dias, mas sim, a partir deste artigo já é possível ter uma noção sólida do que o jogo tem para oferecer.
Ainda bem que o PT-PT é fácil de perceber, o Gaming Portugal é também um website para todos os que falem língua portuguesa.
Cumprimentos