Jogos PC Reviews

Rogue: Genesia – Análise

Rogue: Genesia é um “roguelite bullet hell” que, depois de uma longa jornada em acesso antecipado, foi lançado oficialmente no passado dia 07 de março.

Rogue Genesia está longe de ser uma novidade no mundo dos videojogos, pelo contrário um longo período de “acesso antecipado” fez dele um jogo completamente estabelecido aquando do teu lançamento oficial no início do mês passado.

Depois de três anos de “acesso antecipado” ele foi finalmente lançado e tem vindo a acumular criticas muito positivas na Steam.

Mas num género cada vez mais saturado será que Rogue: Genesia é capaz de se destacar?

Continua a ler a análise para saberes a minha opinião…

A apresentação e a história

blank

Tal como já costuma ser hábito nos “roguelites bullet hell” a apresentação cumpre os requisitos mínimos e a história é inexistente. Há um contexto e pouco mais do que isso e, honestamente, para mim isso não é um problema.

O objetivo do jogador nestes jogos continua a ser o de entrar o mais rápido possível na ação. A natureza destes jogos faz com que sejam ideais para todo o tipo de sessões, quer sejam longas ou curtas e não haver desperdício de tempo é sempre uma boa ideia.

À semelhança do que acontece com uma grande referência como o Vampire Survivors, também em Rogue: Genesia o processo de entrar no jogo e começar a jogar é bastante rápido.

Se uma apresentação pomposa ou uma história elaborada ajudariam este jogo a destacar-se mais da concorrência?

Honestamente não acredito.

A realidade é que a história simplesmente não é um elemento importante neste tipo de jogos, pelo contrário é a experiência de jogabilidade que realmente importa.

A jogabilidade

blank

A maior parte dos “roguelites bullet hell” optam por seguir praticamente as mesmas mecânicas de jogabilidade. Rogue Genesia não é exceção e a vasta maioria da experiência de jogo resume-se a movimentação básica enquanto tentamos destruir hordas de inimigos.

Existe no entanto uma mecânica de apontar ataques. É verdade que é possível escolher “auto aim” mas se quisermos nós próprios adicionarmos mais uma pequena camada de complexidade, é uma boa ideia mudar para pontaria manual.

Existem dois modos de jogos, o modo “Rog” em que jogamos numa espécie de campanha e vamos progredindo zona a zona até chegarmos a um boss.

O outro modo é o “Survivor” cujo único objetivo é o de sobreviver o máximo de tempo possível.

Os dois são interessantes, no modo “Rog” escolhemos áreas para onde queremos avançar e existem oportunidades para ganharmos algum dinheiro extra mesmo sem defrontarmos inimigos.

Já o “Survivor” simplifica mais as coisas com a sobrevivência clássica que estamos habituados a ver num “bullet hell” tradicional.

A jogabilidade encontra-se ao nível dos grandes colossos do género. Temos disponível um “dash” para escaparmos de situações mais apertadas e no início a derrota é sempre inevitável.

Mas como em qualquer outro roguelike, a derrota é o caminho para a progressão. É possível ir melhorando a nossa personagem até que eventualmente tudo se torna mais fácil e bem mais divertido.

Uma das qualidades neste jogo é o facto de contar com um grande número de armas, habilidades mágicas e equipamentos que oferecem muita variedade a cada nova sessão de jogo.

De resto eu colocaria a jogabilidade mais ou menos no mesmo patamar de um “Keeper’s Toll” ou de um “Scarlet Tower“, muito embora o nível de variedade de Rogue: Genesia seja claramente superior.

Ainda comparando com os dois jogos já analisados aqui no website, Rogue: Genesia conta também com uma progressão mais aprofundada e recompensadora.

O grafismo e a arte

blank

Visualmente Rogue: Genesia é sólido mas a arte pixel misturada com cenários um tanto o quanto realistas não me agrada particularmente. Sou muito mais adepto de um trabalho como aquele que vi, por exemplo, no Scarlet Tower.

Como consequência para mim não é um jogo que me deixe deslumbrado neste departamento. Os modelos das personagens até estão bem concebidos, mas demasiados inimigos são visualmente básicos.

Há muitos cenários desinspirados e se por um lado, em comparação com o Vampire Survivors, ele até seja mais elaborado no departamento visual, pelo outro é sempre uma oportunidade perdida quando, pelo menos, a arte não brilha intensamente neste tipo de aventura.

Não é nada que prejudique, na sua base, a experiência de jogo, mas considerando a quantidade de jogos deste género que artisticamente até conseguem ser trabalhos acima da média, Rogue: Genesia podia ter feito melhor.

No entanto é importante referir que a fluidez visual é bastante boa mesmo quando os inimigos se multiplicam pelo ecrã. Um feito assinalável se tivermos em conta que na grande maioria dos “bullet hell” quando a coisa fica mais intensa eles transformam-se em autênticos “infernos” visuais.

Nada disso acontece em Rogue: Genesia e talvez explique o modelos de inimigos básicos e cenários, no geral, pouco elaborados.

Som e banda sonora

blank

A experiência sonora de Rogue: Genesia é bastante boa. Os efeitos sonoros são muito bons e é mais um daqueles jogos que dá gosto derrotar centenas ou milhares de inimigos e depois ir recolhendo a experiência.

A banda sonora é de grande qualidade e é marcada pelo ambiente intenso e obscuro da experiência.

O departamento de som representa uma contribuição valiosa para a imersão e ajuda este título a posicionar-se como um dos melhores dentro do seu género.

A longevidade

blank

Este é um jogo que já se encontrava no mercado muito antes do seu lançamento oficial. Durante esse período ele foi evoluindo e a sua longevidade foi aumentado até ao lançamento no passado dia 07 de março.

Ou seja, Rogue: Genesia é lançado depois de um número considerável de jogadores o terem jogado e uma parte deles ter contribuído ativamente para o seu desenvolvimento. Isso significa que é um jogo robusto neste departamento e oferece dezenas e dezenas de horas de divertimento.

Para um jogador comum e apreciador do género ele facilmente tem conteúdo para 30 ou mais horas, contudo para aqueles que pretenderem retirar o máximo dele, então há a possibilidade de andar perto da centena de horas.

É muito jogo especialmente sem DLC’s e uma longevidade com a qual poucos títulos conseguem rivalizar, especialmente quando se trata de um conceito tão básico.

A equipa de desenvolvimento está de parabéns.

Últimas palavras

blank

Rogue: Genesia está claramente no top de melhores “bullet hell” atualmente disponíveis no mercado e a sua longevidade impressiona. Mas há um problema, ele também é, com larga margem, um dos “bullet hells” mais dispendiosos no mercado.

Com tanta competição de videojogos cujo preço não costuma superar os 10€, pedir 14,79€ é sempre um risco. Tudo bem que o jogo já se encontra devidamente estabelecido e tem análises muito positivas na Steam, mas o que é certo é que outros jogos conseguem proporcionar experiências semelhantes por metade desse preço.

Mas apesar disso Rogue: Genesia é um dos jogos mais completos dentro do género e uma boa escolha para quem procura pela sua próxima experiência “bullet hell”.

8.0 NOTA FINAL
4 de 5

com 1 votos de leitores

blank
Apresentação 7
Grafismo 8
Jogabilidade 9
Banda Sonora 8
positivos
  • jogabilidade
  • longevidade
  • variedade
negativos
  • grafismo
  • preço
Resumo

Rogue: Genesia é um dos melhores "bullet hell" atualmente disponíveis no mercado.

Submete a tua nota final para este jogo
4 (1)

Última atualização: Abril 1, 2025 às 11:43

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *