Acesso Antecipado Primeiras Impressões

Realm Of Ink: Primeiras Impressões (acesso antecipado)

Realm of Ink é uma das adições mais recentes ao género do roguelite de ação. Ainda em “acesso antecipado” o jogo procura conquistar o seu espaço num mercado cada vez mais saturado.

Os rogulites de ação estão na moda por várias razões, eles proporcionam experiências relativamente imediatas mas que não são desprovidas de progressão, a sua jogabilidade é quase sempre simples e muito recompensadora.

A boa notícia é que Realm of Ink reúne estas características basilares e isso é muito importante para que ele seja precisamente aquilo que os grandes fãs do género procuram.

A história do jogo desenrola-se num reino virtual chamado “Reino Da Tinta” no qual os seus habitantes existem sem noção de que são meras invenções dentro de um mundo fictício.

Controlados pelo misterioso “Espírito Do Livro” eles seguem os seus destinos predeterminados completamente alheios às vidas cíclicas que têm.

Nós vestimos a pele de Red, uma espadachim poderosa que a dada altura descobre que é uma destas tais personagens fictícias da coleção de contos “Realm Of Ink”.

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A história é interessante e parece-me bem construída. Não é nada de extraordinário é verdade, mas acima de tudo e nesta fase de “acesso antecipado” ela cumpre o seu papel.

Assim que comecei a jogar apercebi-me no entanto que Realm Of Ink partilha semelhanças óbvias com o popular “franchise” Hades. Semelhanças no departamento artístico e na jogabilidade.

Ou seja, o jogo vai claramente buscar inspiração a uma das maiores referências no mercado e curiosamente o Hades 2, que também se encontra em neste momento em “acesso antecipado”, tem sido um sucesso.

As semelhanças são óbvias e não as considero uma surpresa porque quando um formato é bem sucedido outras companhias vão recorrer a ele. É, digamos, inevitável.

Por outro lado a semelhança com os jogos “Hades” pode não ser benéfica até porque neste momento ambos os jogos do “franchise” estão disponíveis para compra, sendo que o primeiro jogo, embora mais antigo, é uma versão completa.

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Naturalmente entre um “Hades 2” e este “Realm Of Ink”, ambos em “acesso antecipado”, é o nome já estabelecido que vai captar mais a atenção dos jogadores e é isso mesmo que acontece.

Talvez por essa razão Realm Of Ink tenha passado despercebido por muitos jogadores mesmo que tenha disponibilizado uma “demo”. O que é uma pena porque o jogo tem potencial.

Colocando de parte as semelhanças óbvias com os jogos “Hades”, este jogo já consegue ser uma experiência bastante sólida, divertida e recompensadora.

A jogabilidade está ao nível de qualquer grande referência dentro do género e ele já consegue oferecer alguma progressão.

Para além disso ele incorpora uma mecânica de “pets” que nos ajudam no combate e que adicionam variabilidade à jogabilidade.

De facto a jogabilidade é um dos pontos fortes de Realm Of Ink e eu diria mesmo que ela é tão boa como a dos jogos do popular “franchise” que serviu de inspiração.

A morte é naturalmente permanente, o que significa que se morremos começamos de novo. Porém existe progressão permanente através da árvore de talentos que nos vai auxiliando por entre as repetições.

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O combate normal já é divertido, mas são as batalhas com os “bosses” que mais se destacam. Inicialmente a morte é quase inevitável, mas à medida que se vai desbloqueando talentos tudo se torna mais acessível.

Existem no entanto momento com demasiado ruído visual. Não é algo inédito dentro do género, mas numa nova experiência como esta isso deveria ter sido mitigado.

Realm Of Ink é uma experiência surpreendentemente sólida sobretudo para um jogo ainda em “acesso antecipado” e o seu volume de conteúdo é considerável:

  • 4 atos mais 8 bosses;
  • Uma personagem jogável (Red) com 9 formas distintas e armas;
  • Mais de 130 “perks” que tornam a experiência dinâmica;
  • Cerca de 50% da história;
  • Cerca de 70% do conteúdo;
  • Sistema de pets;
  • Modo “endless” para quem procura por algo mais desafiante.

Não esquecendo que tudo isto é disponibilizado a um preço bastante atrativo.

Mesmo assim e pelo menos para já, ele não se encontra ao nível de um “Hades 2” ou nem sequer do primeiro jogo. Embora ofereça o mesmo tipo de experiência, ele ainda se encontra uns furos abaixo da sua principal referência, e honestamente, não me parece que alguma vez a supere.

Apesar disso Realm Of Ink não é um daqueles jogos que desiludem, pelo contrário ele apresenta solidez suficiente para ser uma boa escolha para quem procura por alternativas a “Hades” ou simplesmente por uma nova experiência do mesmo género.

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Ainda há um caminho a percorrer, falta “voice acting”, falta alguma fluidez nos momentos mais caóticos e talvez mais algumas novidades nas mecânicas de jogo.

O tempo dirá se este pequeno jogo se conseguirá estabelecer como uma boa escolha dentro do género. Mas tu próprio podes experimentar a “demo” para responderes a essa questão.

Eu confesso que gosto do “Realm Of Ink” e vou continuar a jogá-lo.

Última atualização: Setembro 27, 2024 às 14:32

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