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Toads of the Bayou – Análise

Toads of the Bayou

Toads of the Bayou é um roguelike que incorpora elementos de estratégia por turnos com construção de baralhos.

Estratégia, combates por turnos, cartas e sapos ao ataque é o que se propõe oferecer o peculiar Toads of the Bayou, um pequeno jogo que chegou recentemente ao PC com a ambição de conquistar o seu espaço dentro de um género bastante concorrido.

Desde que foi anunciado, Toads of the Bayou captou a nossa atenção muito por força de um trabalho artístico de grande qualidade.

Sabíamos que era pouco provável que estivéssemos perante um jogo que iria revolucionar o género, mas ele parecia ser mais uma abordagem simples e, quem sabe, ideal para novos jogadores do género.

À medida que fomos conhecendo mais sobre o jogo ele parecia transmitir-nos uma “vibe” de um “Into the Breach” misturado com elementos de um roguelike.

Mas por esta altura talvez ainda nem tenhas ouvido falar de Toads of the Bayou, mas será que este é um jogo ao qual precisas de estar atento?

Continua a ler a nossa análise para obteres a tua resposta…


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A História

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O Barão Samedi, uma figura misteriosa que aparentemente é um espírito dos mortos, enganou os sapos e prendeu-os num “bayou” amaldiçoado.

Agora tu e todos aqueles que estiverem dispostos a resistir, terão de participar em combates estratégicos contra as vagas de lacaios do Barão Samedi para limparem a corrupção.

Pelo caminho terás a ajuda de aliados poderosos, poderás restaurar e melhorar a taverna, adicionar cartas poderosas ao teu arsenal, armadilhas e até aproveitar os poderes do vodu.

É, como seria de esperar, uma história muito simples e suportada por uma apresentação minimalista, algo muito comum em “roguelikes”.

De resto, o objetivo de Toads of the Bayou não é uma história elaborada. Pelo contrário, parece que a equipa de desenvolvimento apostou mais em oferecer um bom contexto.

Uma decisão aceitável tendo em conta a natureza mais modesta do jogo e, principalmente, o facto de ele ser uma experiência muito mais imediata que não quer fazer o jogador perder tempo.

O grafismo e arte

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Toads of the Bayou pode ser pequeno e modesto, mas graficamente é um trabalho que até se consegue destacar dentro do género.

Ele mistura personagens de duas dimensões com cenários tridimensionais e a qualidade do trabalho artístico, das animações e o nível de atenção ao detalhe são notáveis.

Durante esta análise terás a oportunidade de veres algumas “screenshots”, mas nós recomendamos que dês uma vista de olhos pelos vídeos de jogabilidade no Youtube para teres uma noção do trabalho visual.

O primeiro destaque vai para a qualidade da arte do jogo. É mais um testemunho de que os jogos mais pequenos com equipas reduzidas por vezes podem ser visualmente espantosos.

O nível de detalhe das personagens “ingame” é fantástico, os inimigos também e as animações de todos os movimentos são surpreendentemente boas.

Se por um lado é verdade que a história é muito simples, pelo outro o trabalho visual é tão bom que é difícil não nos sentirmos na pele de sapos que tentam combater as forças do mal.

Aliás num jogo que, nós acreditamos, deve ter ido buscar inspiração ao “Into The Breach”, este Toads of the Bayou está uns bons patamares acima no que diz respeito a qualidade gráfica.

Não estamos a exagerar ao afirmarmos que é dos jogos mais bem desenhados que nós vimos nesta segunda metade de 2024.

A jogabilidade

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Toads of the Bayou é um jogo de estratégia por turnos que, à semelhança do “Into The Breach” exige pensamento estratégico e movimentação tática para superar os adversários.

No início da ação nós escolhemos onde vamos posicionar o nosso guerreiro depois começa o confronto. Durante os confrontos é importante considerar a movimentação para evitar o perigo enquanto atacamos os inimigos e tentamos atingir outros objetivos.

A boa utilização das cartas que temos à nossa disposição vai determinar o nosso sucesso. Por exemplo, algumas cartas de ataque empurram os inimigos uma casa para trás, algo particularmente útil quando as mesmas se encontram no limite da área jogável e acabam por ser eliminadas.

A mesma carta pode servir para dobrar o dano se por detrás do inimigo se encontrar um obstáculo e ele for empurrado contra o mesmo.

Embora seja necessário pensamento estratégico para jogar Toads of the Bayou, a jogabilidade em si é tremendamente simples e até um jogador novo no género vai adaptar-se com facilidade.

Esta mesma jogabilidade simples e imediata, misturada com os elementos roguelike e a exigência de planeamento e boas abordagens táticas, resulta numa experiência de jogabilidade muito divertida e , mais importante, recompensadora.

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É claro que, ao bom estilo de um roguelike, a derrota faz parte da experiência e neste jogo nós diríamos que ela é quase inevitável porque é necessário perceber as mecânicas e saber retirar o máximo partido de cada carta que temos à nossa disposição.

E são os elementos “roguelike” que no fundo tornam esta experiência ainda mais interessante e divertida. Cada nova sessão é diferente e com mais de 50 cartas; 3 sapos jogáveis (inicialmente apenas um e depois desbloqueamos os outros); 20 sapos de apoio e 22 armadilhas para nos ajudarem no campo de batalha, temos pela frente um bom número de sessões de jogo.

É claro que voltamos à estaca zero quando somos derrotados e só o desbloqueio das lojas se mantém intacto enquanto tudo o resto desaparece. Isso só nos deixou com uma pequena azia nas alturas em que conseguíamos construir um bom baralho mas acabávamos derrotados.

No geral a experiência de jogo é boa, embora achemos que lhe falta mais conteúdo. Uma progressão permanente mais robusta ou outros modos de jogo com toda a certeza aumentariam a sua longevidade.

Com uma base tão sólida nós acreditamos que este jogo tem condições para se expandir consideravelmente se for bem sucedido.

O som

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A banda sonora, por um lado enquadra-se bem na experiência, pelo outro são melodias que têm tendência para se tornarem cansativas à medida que as sessões de jogo se vão acumulando.

Experiências que assentam em repetição como os roguelikes correm sempre o risco de ter elementos que podem saturar o jogador. Porém neste jogo, e apesar da banda sonora não ser brilhante, na nossa opinião, ela nunca chega ao ponto de prejudicar realmente a experiência de jogo.

Os efeitos sonoros já são bem melhores do que a banda sonora e acrescentam à imersão.

Sólido, divertido e desafiante

Nós já repetimos vezes sem conta nas nossas análises que a solidez é meio caminho andado para uma boa experiência de jogo.

Toads of the Bayou não revoluciona o género, mas possui bastante solidez. Visualmente deslumbrante, com uma jogabilidade simples e foco no pensamento estratégico, este pequeno “roguelike” é capaz de proporcionar muitas horas de entretenimento.

Para além disso é uma experiência imediata e de ritmo mais elevado, cuja leveza pode agradar veteranos e tem potencial para ser bem recebida pelos novatos.

7.0 NOTA FINAL
4 de 5

com 1 votos de leitores

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Apresentação 6
Grafismo 8
Jogabilidade 8
Banda Sonora 6
Positivos
  • arte
  • jogabilidade
Negativos
  • pouco conteúdo
  • banda sonora
Resumo

Toads of the Bayou é um pequeno e divertido roguelike que exige pensamento estratégico e alguma persistência.

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4 (1)

Última atualização: Novembro 21, 2024 às 12:56

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