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Grand Theft Auto VI: Mais real, mais impressionante e mais….. perturbador?

Com lançamento agendado só para daqui a dois anos, GTA VI é o tópico do momento no mundo dos videojogos. O novo título do popular “franchise” promete ser mais e melhor, no entanto com a fidelidade gráfica que é possível atingir nos nossos dias, ele também corre o risco de ser o mais perturbador de todos.

Grand Theft Auto é talvez o “franchise” mais controverso de todos os tempos. Há quem diga que ele glorifica o comportamento criminoso, há quem diga que ele pode ser muito prejudicial para as mentes jovens e mais influenciáveis e há quem diga que ele é simplesmente puro entretenimento.

Verdade seja dita, “brincar às armas” está longe de ser uma brincadeira moderna, pelo contrário é uma brincadeira mais antiga que a criação dos videojogos e de uma maneira ou de outra, continua a ser popular até hoje. A violência está infelizmente presente nas nossas vidas e é impossível escapar dela, porque quando o conseguimos fazer eis que o telejornal cuja missão é informar, acaba por nos deixar a todos perturbados.

Se alegamos a violência como uma razão para acabar com estes videojogos, então meus amigos, era preciso acabar com a televisão, o Youtube, as redes sociais e por aí fora. A violência existe e as companhias de entretenimento vão continuar a capitalizar com a sua utilização. Os videojogos no entanto fazem questão de informar sempre quando um videojogo é para adultos e não é indicado para crianças.

Eu sei, eu sei. Quando os miúdos ouvem isso eles ainda ficam com mais vontade de jogar esse mesmo videojogo, mas o facto é: a indústria dos videojogos tem essa preocupação e nem todas são assim.

Grand Theft Auto VI naturalmente será um jogo da nova geração, quem sabe da próxima geração visto o lançamento estar ainda algo distante. Como tal o realismo será ainda maior do que o seu antecessor.

Se isso é bom ou é mau?

É difícil de responder. Certamente será mau para quem não aprecia violência ou “maluquices”, poderá ser estranho para quem procura fugir à loucura da realidade e depara-se com a mesma loucura num videojogo. Mas para quem gosta do “franchise” e quer o entretenimento do costume, isso é uma excelente notícia.

Nós por cá estamos divididos. Por um lado um videojogo não é mais do que uma forma de entretenimento, pelo outro quando se incorpora elementos demasiado realistas a coisa começa a tornar-se estranha. E GTA sempre andou um pouco na fronteira da fantasia e do realismo e não é por acaso que as cenas de violência gratuita protagonizadas por jogadores no videojogo, e depois partilhadas na Internet, geraram polémicas enormes.

Como é óbvio o GTA nunca se descreveu como um simulador, mas, lá está, a realidade é que poucos videojogos conseguem criar um mundo virtual tão imersivo que por vezes se assemelha à vida real. Há qualquer coisa de perturbador nisso especialmente quando se mistura o elemento da possibilidade para a violência gratuita que quer queiramos quer não, é uma das características definidoras deste “franchise”.

O que é certo é que o trailer impressionou e no meu caso pessoal até me chocou um pouco. Até 2025 ainda há muito caminho para percorrer mas julgando pela reação dos jogadores ninguém vai perder a oportunidade de jogar este videojogo e no final logo decidiremos se a Rockstar foi longe demais ou não.

Até lá, Grand Theft Auto VI vai continuar a dar muito que falar.

Última atualização: Dezembro 11, 2023 às 11:40

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Marcio Olival

O Márcio é uma das forças editoriais da Gaming Portugal, ele também faz um pouco de tudo mas a sua preferência reside nos artigos de opinião. Regra geral ele não é comedido nas palavras, porém em vez de optar pela dureza extrema ele prefere quase sempre pelo sentido de humor.

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